sábado, fevereiro 20, 2010

ÁREA DE TELECOMUNICAÇÕES

Decidir se você pega o guarda chuva ou os óculos escuros pela manhã, antes de sair de casa, é uma escolha das mais corriqueiras, mas só se tornou possível graças ao avanço da tecnologia de telecomunicações.
Saber a previsão do tempo depende, primeiro, de um satélite artificial programado para verificar as condições meteorológicas e converter em números as informações recebidas.

Depois, entra em ação o homem do tempo, que analisa os dados transmitidos à Terra, transformando-os em notícia e a veicula pelo rádio ou pela TV.
Basta esse exemplo para saber que as telecomunicações têm dimensão planetária.
O que é grande em todo o mundo parece maior ainda no Brasil, onde o setor passa por uma revolução depois da privatização das empresas telefônicas. Produtos com que nem se sonhava há cinco anos já são produzidos ou projetados no país, como as redes multiplexadas de transmissão.

Elas permitem que uma mesma linha telefônica receba informações de voz, de dados e de imagens de vídeo no próprio computador.
Conhecer os princípios, as práticas e as técnicas computacionais das telecomunicações é o principal requisito exigido desse engenheiro ou técnico.

Ele também deve dominar as técnicas e os processos de representação, transmissão e recepção da informação no formato analógico e digital.
Como as inovações não param de acontecer, é importante fazer cursos de extensão sobre tecnologia digital de redes e satélites.

O CURSO

As matérias básicas incluem física, informática, eletricidade e eletrônica.
A formação em transmissão de dados de voz, imagem e som completa-se com disciplinas de computação e eletrônica, como processamento digital de sinais e comunicações óticas.


O QUE VOCÊ PODE FAZER COM O CURSO


INFRA-ESTRUTURA Atuar na implantação da rede física de telecomunicações e na manutenção da infra-estrutura instalada. Exercer atividades relacionadas a planejamento, análise, projeto, construção, operação e gerenciamento de sistemas de telecomunicações.

PESQUISA Desenvolver tecnologias e softwares para captação e decodificação de dados e integração de redes.

PROJETO Planejar sistemas de transmissão de dados digitais por meio de microondas, cabos óticos e satélites.

SERVIÇOS E NEGÓCIOS Trabalhar em atividades relacionadas a implantação, tarifação, configuração, operação e gerenciamento de ambientes de comunicações.

SOFTWARES PARA APLICAÇÕES ESPECÍFICAS Criar e gerenciar novos produtos.


MERCADO DE TRABALHO

A falta de profissionais preparados, somada à existência de empresas com tecnologia de ponta e dinheiro para investir, assegura trabalho e bons salários. " Entre os diversos ramos da engenharia, sem dúvida é a especialização que está em destaque, e tudo indica que isso vai continuar por bastante tempo" afirma o engenheiro José Elias Abul Hiss, da Telefônica paulista ao Guia Abril do Estudante.

SATÉLITE

Os avanços recentes na tecnologia de satélites permitiram o desenvolvimento de uma nova geração de satélites de telecomunicações. A transmissão em uma largura de banda bastante grande tornou-se possível graças ao uso de freqüências bastante altas e a um aumento da potência disponível dentro dos satélites. Uma das principais conseqüências disso foi uma drástica redução do tamanho e custo das estações terrestres. Através de satélites geoestacionários pode-se alcançar taxas de transmissão digital muito altas usando estações terrestres relativamente baratas. Se comparadas às redes terrestres, as redes via satélite têm muitas características diferentes. Essas novas características causam um impacto muito grande na comunicação entre computadores devido às novas possibilidades que oferecem. Contudo, elas também envolvem novos problemas.

Os satélites são um versátil meio de comunicação e possibilitam atender a qualquer plano específico que qualquer corporação individual necessite.




Como funcionam

Os satélites de comunicação são como torres de microondas muito altas. Eles orbitam em volta da Terra, tal como a Lua. São colocados num arco exatamente sobre a linha do Equador, a cerca de 35600 km de altitude. O satélite brasileiro BRASILSAT, lançado em 8 de fevereiro de 1985, foi colocado numa órbita de 36042 km. Esta é a distância requerida para que o satélite demore exatamente 24 horas para dar uma volta completa em torno da Terra, ficando, portanto, sincronizado com a velocidade de rotação do planeta. Essa parte do arco equatorial é denominada Geossíncrona. Um satélite em órbita Geossíncrona permanece estacionário em relação a Terra, ou seja, ao olharmos para o satélite a partir da superfície da Terra, temos a impressão de que ele está parado no espaço.





Freqüências que ocupam no espectro

As bandas de 3,7 a 4,625 GHz e 5,925 a 6,425 GHz foram designadas como freqüências para a transmissão de e para os satélites de comunicação, respectivamente.

Um satélite amplifica o sinal de 6 Ghz que recebe de uma estação terrestre e o translada para 4 Ghz, transmitindo-o então, de volta para a Terra. Os satélites estão atualmente espaçados cerca de 2880 km (um ângulo de 4 graus visto da Terra).

Os satélites de televisão devem estar separados 5760 Km entre eles ( ou 8 graus) devido à sua alta potência.

A banda de 12 a 14 GHz está disponível para telecomunicações, os satélites podem estar a apenas 1 grau de distância entre eles.

Utilizando freqüências tão altas é possível aumentar a potência transmitida, aumentando a relação do sinal para ruído e diminuindo a probabilidade de erro. Por outro lado, o comprimento de onda correspondente a tais freqüências é da mesma ordem de magnitude e do tamanho de gotas de chuva e partículas de neve. Uma onda de freqüência muito alta, propagada através da atmosfera terrestre, pode ser perturbada seriamente por tais obstáculos, aumentando então a probabilidade de erro. Uma vez que há o tipo e a extensão de atmosfera a ser atravessada é diferente de uma estação terrestre para outra, devido a sua posição geográfica, diferentes estações terrestres podem experimentar diferentes probabilidades médias de erros. Além disso, a probabilidade de erro experimentada por uma estação terrestre é bastante dependente de suas condições locais de tempo. Os valores da taxa de erro em bits e variações possíveis não são ainda muito bem conhecidos e assume-se, atualmente que taxas muito baixas, na ordem de 10-7, ou talvez 10-8, podem ser alcançadas com tempo claro. Por outro lado, sob condições de tempo muito severas e durante curtos períodos de tempo, a taxa de erro pode subir ao nível de 10-4 ou até 10-3. É interessante observar que o erro pode ocorrer na transmissão para ou do satélite; logo, se canais multidestinatários são utilizados, um erro pode afetar todas as estações receptoras ou apenas uma delas.





Sinais transmitidos

Os sinais recebidos das estações terrestres são difundidos pelo satélite numa área geográfica pré-definida. A escolha do tamanho e da posição da área a ser atingida na superfície terrestre resulta de vários fatores, por exemplo, a potência a bordo do satélite, diâmetro da antena terrestre, considerações políticas, etc. A transmissão em alta freqüência permite a utilização de taxas de transmissão muito altas, da ordem de centenas de megabits por segundo. Para compartilhar esta capacidade entre os usuários, são utilizadas técnicas de FDMA - Frequency Division Multiple Access - e TDMA - Time Division Multiple Access. Em qualquer caso, os sistemas de satélite são projetados para oferecer altas taxas de transmissão aos seus usuários. Como os satélites de telecomunicações são colocados numa órbita geoestacionária, situada 36 mil km acima do Equador, o retardo para qualquer sinal propagar-se à velocidade da luz, entre estações na Terra, para cima e para baixo, através de satélites, está entre 240 e 280 milisegundos, dependendo da latitude e da longitude da estação terrestre. Além disso, outros retardos inseridos pelos equipamentos terrestres levam a um valor de retardo da ordem de 300 milisegundos. Como resultado disso, a quantidade de informações viajando no canal, supondo-se um canal de satélite operando a 2 megabits por segundo, será de 600 mil bits. O sinal enviado por qualquer estação terrestre pode ser recebido por qualquer outra estação terrestre. Isso permite construir canais multidestinatários, a um custo baixo, o que significa que um usuário pode enviar dados que serão recebidos por vários usuários ao mesmo tempo.

O satélite ATS-1 lançado em sete de dezembro de 1966 pela NASA foi o primeiro satélite a usar a divisão múltipla de acesso por freqüência (FDMA) e ficou em órbita por vinte anos.

Um novo método de interconexão foi testado e lançado em 1993 pela NASA. Este método é o ACTS (Advanced Communications Technology Satellite). Ele combina as vantagens do reuso de freqüências, spot beams e TDMA.





Vantagens da comunicação via satélite

Os satélites de comunicação oferecem tais facilidades em velocidades de transmissão muito altas e em distâncias bastante longas. Com a redução de custo, tamanho e potência necessária, devido aos constantes avanços da microeletrônica, tornou-se possível um equipamento com uma estratégia de difusão mais sofisticada. Cada satélite é equipado com múltiplas antenas e múltiplos "transponders". Cada transmissão para a Terra pode ser focalizada numa área geográfica pequena, de modo que múltiplas transmissões do satélite e para o satélite podem ocorrer simultaneamente.





Divisão em canais

Um satélite típico divide sua banda de 500 MHz por doze "transponders", cada qual com uma banda passante de 36 MHz. Cada "transponder" pode ser usado para codificar um único fluxo de dados de 50 Mbps, 800 canais digitais de voz de 64 Kbps e diversas outras combinações. Dois "transponders" podem usar polarizações diferentes, podendo assim, usar a mesma faixa sem interferência.

Hoje, em dia, o canal é dividido de acordo com o tempo, primeiro uma estação depois a outra, e assim por diante. Isto é chamado de multiplexação por divisão de tempo.





Transponders

Um satélite contém um ou mais "transponders", cada qual escutando uma parte do espectro, amplificando o sinal de entrada e retransmitindo em outra freqüência , para evitar interferência do sinal de entrada. Os feixes de transmissão podem ser bastante amplos, iluminando uma parte substancial da superfície terrestre, ou estreitos, iluminando áreas com diâmetro de centenas de quilômetros.





Transmissão

A transmissão de uma mensagem é independente da distância percorrida. Uma chamada intercontinental não custa mais para ser mantida do que uma chamada para o outro lado da rua.

A habilidade de adquirir uma banda passante imensa por períodos pequenos de tempo é atraente devido à natureza em rajadas do tráfego de computadores. Enviar uma fita magnética em uma linha telefônica de 56 Kbps leva 7 horas; enviar a mesma fita usando um único "transponder" de satélite de 50 Mgbps leva 30s.

Todas as estações abaixo do feixe descendente podem receber a transmissão, incluindo estações piratas desconhecidas pela operadora. As implicações para a privacidade exigem alguma forma de criptografia.

Os satélites não são utilizados apenas para telefonia e transmissão de dados; também podem ser empregados na difusão direta de sinais de televisão para finalidades domésticas.





Satélites Lançados

O Syncom2, lançado pela NASA em 1963, foi o primeiro satélite de comunicação lançado para estar no mesmo tipo de órbita que a terra.

O ATS-1, lançado pela NASA em sete de dezembro de 1966, foi o primeiro satélite a usar a tecnologia FDMA.

O BRASILSAT, primeiro satélite brasileiro, foi lançado em 8 de fevereiro de 1985. Ele está operando em uma órbita inclinada a 63 graus de longitude oeste. Cada "transponder" oferece uma largura de banda de 36 MHz e cada canal com 10 watts de potência. Cada satélite tem 28 "transponders" na banda C para comunicação civil, cobrindo região leste. Um "transponder" na banda X para uso militar. A potência da banda X é suficiente para cobrir toda a região do Atlântico Sul, da costa da África e uma parte da Antártica. Cada "transponder" pode ser ocupado por 6 canais de TV, além de suportar até 2 mil ligações telefônicas simultâneas e milhares de canais de comunicação de dados. Direcionamento de "transponders" para atender o MERCOSUL Potência: 36 dBW No seu lançamento, pelo foguete Ariane, o BRASILSAT é deixado numa órbita inicial a 200 quilômetros de altura também conhecida como órbita de transferência. A partir daí, sempre controlado por terra e obedecendo às leis da astronomia, a Embratel desenvolve uma série de manobras no BRASILSAT até se aproximar da sua posição desejada, a 61 graus à oeste e a 36 mil quilômetros de distância da terra.





Aplicações da Comunicação via Satélite

Transmissão de Televisão de Sinal Aberto e Por Assinatura
Campanhas de Promoção de Vendas
Treinamento e Apresentações Educacionais
Transmissão de Dados
Informação Empresarial
Projetos Motivadores
Discussões Gerenciais
Noticiários Urgentes
Alterações Técnicas
Estratégias
Transformação dos processos na corporação
Comunicação Global
Transmissão de Dados entre corporações




Benefícios da Comunicação via Satélite

Informações não são filtradas : Uma mensagem pode ser enviada neste momento e recebida no destino pelo responsável com total exatidão, consistência e credibilidade;
Economia de Tempo : A taxa de transmissão via satélite é muito rápida não importando a distância;
Segurança e Confiabilidade: Pessoas não autorizadas não conseguem decodificar o código sem ter direito de acesso.
Custo Efetivo : Para transmissões de dados via satélite a longas distâncias é muito mais barato este tipo de comunicação do que o uso, por exemplo, de uma linha telefônica.

REDES

Dividimos a seção de redes em duas partes :


Redes da Telefonia : Comenta sobre o sistema de comunicação que interliga as centrais telefônicas.

Redes de Comunicação : Comenta sobre as redes de transmissão de dados utilizadas em empresas, com o objetivo de compartilhar recursos de SOFTWARE, HARDWARE e DADOS entre diversas unidades.


Redes de Telefonia

As interligações entre as centrais telefônicas e os aparelhos, são feitas através de um conjunto de linha denominadas rede telefônica.

Os métodos de construção, das redes telefônicas urbanas, variam de um país para outro ou de uma companhia para outra.

As diferenças básicas residem nas providências que são tomadas para manter o numero de linhas de reserva dentro de limites razoáveis.

As redes telefônicas podem ser divididas em dois tipos principais:
Redes rígidas e Redes flexíveis.

Nas
redes rígidas, cada caixa de distribuição é ligada diretamente á central através da rede de cabos.

As redes rígidas são recomendáveis em localidades onde a densidade de telefone é pequena, ou se as linhas de assinantes forem curtas (áreas rurais e urbanas nas imediações da central).

Vantagem: Menor probabilidade de defeitos.

Desvantagens: Custo muito alto.

Nas
redes flexíveis há três partes distintas: Rede primaria, Redes secundarias linha de serviço de assinante. A ligação entre a rede primária e secundária é feita através do armário de distribuição.

Rede primária é o trecho que vai da central ate o ponto de subdivisão, ou seja, os armários de distribuição.

A rede secundária parte do armário e vai ate a caixa de distribuição.

As linhas de assinantes partem da caixa de distribuição ate a entrada do aparelho telefônico.



Redes de Comunicação

Pode-se definir um Sistema em Rede como um conjunto de unidades com processamento independentes, compartilhando recursos de SOFTWARE, HARDWARE e DADOS entre uma comunidade de usuários.

Atualmente as redes beneficiam-se de uma grande concorrência entre os produtos (hardware e software), fazendo com que esta se torne cada vez mais econômica.

LAN's (Local Area Network ) São redes de pequeno porte, geralmente utilizada em pequenas e médias empresas. Um grupo de computadores e periféricos compartilham arquivos e recursos entre diversos usuários. Os meios de transmissão normalmente utilizados nesta classe, são : cabo coaxial, cabo par-trançado ou a fibra óptica.

WAN's (Wide Area Network ) São redes globais, envolvendo usuários distantes através de conexão remota. Atravessam limites geográficos de cidades e países. Os meios de transmissão normalmente utilizados nesta classe, são : LP's (Linhas Privadas), canais de Satélites. São subdivididas em "Enterprise" e "Global".

MAN's (Metropolitan Area Network ) Trata-se de uma Rede Pública de alta velocidade operando a 100 Mbps dentro de uma cidade, com transmissão de voz, dados e imagens a grandes distâncias. São menores que as WAN's. Os meios de transmissão normalmente utilizados nesta classe, são : LP's (Linhas Privadas), Serviços de CATV ou comunicação sem fio (Wireless).

Rede CAMPUS Classifica uma rede tipo universitária, basicamente composta por escritórios, fábricas e armazéns em uma mesma propriedade ou área em geral. As conexões utilizadas normalmente, são : cabos de fibra óptica externos ou subterrâneos.



INTERNET

A Internet tem revolucionado o mundo dos computadores e das comunicações como nenhuma invenção foi capaz de fazer antes. A invenção do telégrafo, telefone, rádio e computador prepararam o terreno para esta nunca antes havida integração de capacidades. A Internet é, de uma vez e ao mesmo tempo, um mecanismo de disseminação da informação e divulgação mundial e um meio para colaboração e interação entre indivíduos e seus computadores, independentemente de suas localizações geográficas.

A Internet representa um dos mais bem sucedidos exemplos dos benefícios da manutenção do investimento e do compromisso com a pesquisa e o desenvolvimento de uma infra-estrutura para a informação. Começando com as primeiras pesquisas em trocas de pacotes, o governo, a indústria e o meio acadêmico tem sido parceiros na evolução e uso desta excitante nova tecnologia.

A Internet surgiu em 1969, nos Estados Unidos. Era o auge da Guerra Fria. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos precisava descobrir um jeito de se comunicar com as autoridade, no caso de um ataque nuclear.

Para resolver este problema, um grupo de cientistas americanos foi convocado para elaborar e montar uma rede de computadores que, de alguma maneira, continuassem a se comunicar entre si no caso de um ataque nuclear.

Deveria ser montada uma rede de computadores que :

- Não fosse vulnerável a um ataque nuclear. Em caso de destruição de Washington, outros pontos da rede funcionariam;
- Não tivesse centro, pois em caso de um ataque o centro seria o primeiro ponto a ser atacado;
- Fosse robusta, ou seja, trabalhasse nas condições mais adversas possíveis.
- Cada um dos computadores conectados entre si deveria ser equivalente, com sua própria autoridade para originar, passar e receber mensagens;
- A rota particular de cada pacote (de arquivos e/ou mensagens) fizesse não importasse, somente interessando o resultado final;
- O pacote fosse jogado de nó a nó, mais ou menos na direção do destino, até que encontrasse o local correto;
- Não fosse importante se grande parte da rede estaria fora do ar. Os pacotes continuariam vivos trafegando pelos ós que se encontrariam ativos.

E assim iniciou-se o que na atualidade se conhece como INTERNET.....
A rede inicial interligava 4 supercomputadores de laboratórios de pesquisa e se chamava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency). Em 1.971 já eram 15 supercomputadores. Em 1.972 já eram 37 supercomputadores. Já no ano de 1.970, os pesquisadores passaram a utilizar a rede como correio eletrônico entre si, e, informalmente, começou então a Internet de forma similar a que conhecemos hoje. Em 1.980, devido ao seu crescimento, a rede foi dividida em duas : ARPAnet (civil) e a MILnet (militar). Em 1.985, a NSF (National Science Foundation) criou a NSFnet, interligando todos os supercomputadores dos maiores centros americanos de pesquisa.. Em 1.986, as redes NSFnet e ARPAnet se conectaram entre si, assumindo o nome de INTERNET. Em 1.987, os EUA liberaram a rede para uso comercial. Em 1.992, nos EUA surgiram as primeiras empresas provedoras de acessso comercial à Internet. A sua explosão só veio a ocorrer a partir de 1.993, com o surgimento da Web.


A Internet no Brasil

As primeiras conexões do Brasil com a Internet foram feitas em 1.988, através da FAPESP - Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do LNCC - Laboratório Nacional de Computação Cíentifica (Rio de Janeiro). Em 1.989, o MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia criou a RNP - Rede Nacional de Pesquisa, que construiu o primeiro backbone nacional. Em dezembro de 1.994, foram iniciados os testes comerciais com linhas discadas. Em agosto de 1995, deu-se o início comercial através de acessos dedicados por provedores de acesso comercial. A explosão no Brasil está ocorrendo no presente ano de 1.996.

As universidades brasil estão ligadas a redes de computadores mundiais desde 1989. Naquele ano, havia conexões com a Bitnet, uma rede semelhante à Internet, em várias instituições, como as universidades federais do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Os serviços disponíveis restringiam-se a correio eletrônico e transferência de arquivos. Somente em 1990 a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo) conectou-se com a Internet. No mesmo ano, foi criada a RNP, uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a RNP interligou inicialmente 11 Estados, com pontos-de-presença em cada capital. Essa arquitetura de linhas de comunicações e equipamentos compõe o que se chama de espinha dorsal (backbone) da RNP.

Hoje, os estados que têm ponto-de-presença na Internet são Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

A partir de abril de 95, o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia decidiram lançar um esforço comum de implantação de uma rede integrada entre instituições acadêmicas e comerciais. Desde então vários fornecedores de acesso e serviços privados começaram a operar no Brasil.


O que é a Internet

De forma simples, clara e precisa
"A Internet é uma Rede Global de Computadores".

Tecnicamente, pode-se afirmar que "A Internet é a união de um enorme número de redes ao redor do mundo que se comunicam entre si através do protocolo TCP/IP".

Uma analogia para entender a Internet é defini-lá como sendo similar a a uma malha de rodovias (federais, estaduais e vicinais) por onde trafegam bytes sob a forma de pacotes TCP/IP. A iinformação contida em textos, som e imagem trafega em alta velocidade entre qualquer computador conectado a essa rede. Por esta razão que a Internet é algumas vezes chamada da "Super Rodovia da Informação".

Em resumo, a Internet é :
* uma rede de redes baseadas no protocolo TCP/IP;
* uma comunidade de pessoas que usam e desenvolvem essas redes;
* uma coleção de recursos que podem ser alcançados através destas redes .

Não existe um único lugar que "governa" a Internet.
Ela é um conjunto de cerca de 70 mil redes ao redor do mundo, que tem em comum entre si o protocolo TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol). Esse protocolo é a língua comum dos computadores que integram a Internet.

A Internet é uma gigantesca rede mundial de computadores que interliga entre si desde grandes computadores até micros pessoais ou notebooks através de linhas comuns de telefone, linhas de comunicação privadas, cabos submarinos, canais de satélite e diversos outros meios de telecomunicação. Os computadores que compõem a Internet estão nos mais diversos locais, tais como empresas comerciais, órgãos governamentais, universidades, instituções públicas (federais, estaduais ou municipais) e residências em geral.


Importância da Internet

A Internet é uma REVOLUÇÃO.
Alguns podem achar exagerada esta afirmação, discordar dela, mas se refletirem um pouco concluirão que toda a sociedade mundial sofrerá mudanças sociais e culturais radicais nos próximos anos. Pela primeira vez no mundo um cidadão comum, a um custo muito baixo, poderá ter acesso a informações localizadas nos mais distantes pontos do planeta e também gerar e distribuir informações em larga escala, no âmbito mundial. Isto até poucos anos atrás só era possível a uma grande organização através dos meios de comunicação convencionais.
Esta revolução está afetando de forma substancial toda a estrutura de divulgação de informações existente no mundo, até então controlada exclusivamente por grandes empresas. Através da Internet. qualquer pessoa poderá, de sua própria casa, oferecer os mais diversos tipos de serviço, a partir de um microcomputador, sem precisar da estrutura que uma empresa de grande porte poderia manter..


Organização da Internet

A Internet não é controlada de forma central por nenhuma pessoa ou organização.
Não existe um escritório central da Internet no mundo.
Não existe um computador ou órgão central da Internet.

A organização da Internet é feita a partir dos administradores das redes que a compõem e dos próprios usuários. Para isto existem alguns órgãos internacionais que são responsáveis pela administração mundial da Internet.

The Internet Society - é uma organização internacional não-governamental cujo objetivo é a coordenação geral das tecnologias e aplicações da Internet.. Este órgão é composto por diversos membros (individuais, companhias, agencias governamentais e fundações) que participaram desde a criação da Internet e suas tecniologias e que tem colaborado no desenvolvimento das novas tecnologias que tem sido desenvolvidas para o uso da Internet.

The Internet Architecture Board (IAB) é o órgão que coordena a política da estrutura (arquitetura) do funcionamento da Internet, bem como a pesquisa e o desenvolvimento relacionados com o funcionamento da Internet. O IAB tem como atribuições o seguinte :

A padronização dos protocolos da Internet,
A gerência da publicação dos RFC (Request For Coment),
A coordenação das operações da IETF e da IRTF,
O desenvolvimento do planejamento estratégico da Internet.
O IAB, para o desenvolvimento de suas funções divide-se em duas forças de tarefa :

The Internet Engineering Task Force (IETF) - responsável pelo.desenvolvimento de padrões para funcionamento da Internet.
The Internet Research Task Force (IRTF) - responsável pelo desenvolvimento de pesquisas a longo prazo.
As decisões do IAB são públicas. A forma pela qual as decisões do IAB a respeito da Internet e do protocolo TCP/IP são divulgadas são as Request for Comments (RFC), que são divulgadas mensalmente.
No Brasil, foi criado o Comitê Gestor da Internet, em junho de 1995, composto por membros dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, das Comunicações e representantes de Instituições comerciais e acadêmicas.

HISTÓRICO DAS TELECOMUNICAÇÕES

Nas quatro últimas décadas as Telecomunicações passaram por transformações significativas, devido ao desenvolvimento tecnológico experimentado por esse seguimento.

No mundo dos anos 50, a comunicação telefônica se estabelecia com o auxilio de uma operadora ( telefonista ). Essa comunicação se realizava através de uma mesa manual com diversas posições, onde cada posição correspondia a um assinante ligado a mesa através de um par metálico. Ao acionar o telefone em sua residência ou escritório, o usuário provocava o atendimento de uma lâmpada em uma das posições da mesa correspondente ao numero do seu telefone. Era prontamente atendido pela telefonista que era informada pelo usuário o numero o qual queria se comunicar, e através de um cordão ou pega, eram conectadas as duas posições assinante ( A e B ) estabelecendo-se assim a comunicação.

Nos anos 60 chegam ao Brasil as centrais eletromecânicas, cujo funcionamento consistia em o assinante "A" retirar o fone do gancho obtendo ruído e ao discar o numero de "B" as informações eram capturadas por um jogo de redes que por sua vez retransmitia através de pulsos para um seletor rotativo o qual selecionava o assinante "B" através um juntor de saída e entrada estabelecendo se a comunicação.

Nos anos 70 com o surgimento das centrais eletromecânicas automáticas o meio de transmissão experimenta um avanço significativo na interligação das centrais urbanas suprimiu-se o cabo físico passando a ser utilizado o Pcm 24ch com freqüência dfe 1544kb (versão americana), onde em dois pares de fio metálico com amplificação a cada 1,5km pode-se transmitir 24 canais de voz multiplexados, o que se constituía em um ganho significativo, uma vez que no entroncamento das centrais passo a passo cada juntor era transmitido por um par metálico. Para se ter uma idéia a cada 24 juntores conectados ao Pcm 24ch a economia era de 20 pares de cabo.

Nas comunicações a longa distancia na época das centrais passo a passo era inviável a utilização de cabos metálicos. Tal comunicação dava-se através de microondas com rádios valvulada e baixa capacidade de alocação de canais. Nos anos 70 passam-se a utilizar rádios transistorizados com capacidade de ate 960 canais, dispostos de sistema de proteção. Segundo os analistas tecnos da época as Telecomunicações a todo vapor e foi nesse momento que começou a popularização do telefone.

No fim dos anos 80, com projeto do CPQD Telebrás surge no Brasil o MCP-30 (versão Européia) com utilização dos dois pares físicos com repetição e regeneração de sinais a cada 1,0 km. Posteriormente, ainda na mesma década é lançado no mercado o MCP de hierarquia superior (120, 480), com transmissão via Fibra Óptica multímodo e cuja capacidade de transmissão era de 480 canais em um único par de Fibras Óptica. Este tipo de multiplicação só era utilização em centrais urbanas uma vez que tal tipo de Fibra Óptica trabalha com a condução de diversos feixes de luz, o que tende propiciar uma atenuação alta e, portanto só recomendado a sua utilização em zonas urbanas. Nos diz respeito à comunicação a longa distancia, nesta época, a mesma era efetuada através de radio e MUX TDM.

Nos anos 90 surgiram as centrais eletrônicas automáticas computadorizadas e o multiplex deu um salto tecnológico. Onde a capacidade passou a ser de 1920 canais transmitidos por Fibra Óptica no modo, a qual conduz apenas um feixe de luz com baixa atenuação possibilitando a sua utilização não somente na zona urbana como também a media e longa distancia. No que diz respeito a distancias extremamente longas, a comunicação é feita através de radio digital que por sua vez repete sinais recebidos do MCP.

No final da década de 90 as centrais eletrônicas computadorizadas e os equipamentos multiplex PDH se constituíram em equipamentos mais compactos, ocupando espaços físicos cada vez menores e aumentando consideravelmente o seu tempo de vida útil, assim como a confiabilidade no que tange a apresentação de defeitos ou paralisação. É também no final da década de 90 que surge os equipamentos na geração "SDH", que se apresentam no momento como a geração multiplex do futuro, não somente pela confiabilidade funcionar como pela grande quantidade de informações que pode conduzir de uma ponta "A" para uma ponta "B" (algo em torno de 1920 canais de comunicação). Este equipamento tem como meio de condução do sinal de Fibra Óptica.

FIBRA ÓPTICA

Um elemento simples de transmissão óptica, caracterizada por um núcleo, por onde a luz é transmitida, e uma casca, que confina a luz no interior do núcleo. O confinamento é obtido com uma diferença de índices de entre a casca e o núcleo. É composto de material dielétrico, normalmente o vidro, tem a forma de um filamento cilíndrico e diâmetro comparável a um fio de cabelo.


Vantagens das Fibras Ópticas :

Pequenas dimensões e baixo peso

O volume e o peso dos cabos ópticos é muito inferior ao dos cabos convencionais em cobre, para transportar a mesma quantidade de informações, facilitando o manuseio e a instalação de cabos.

Grande Capacidade de Transmissão e Baixa Atenuação

O sistema de comunicações por Fibras Ópticas tem uma capacidade de transmissão muito superior a dos sistemas em cabos metálicos. Devido á baixa atenuação, podem transmitir sinais a distâncias muito grandes. Com a tecnologia de amplificadores ópticos, é possível uma transmissão interurbana com ate centenas de quilômetros de distancia sem estações intermediárias, aumentando a confiabilidade do sistema, diminuindo o investimento inicial e as despesas de manutenção.

Imunidade á Interferência

Por serem feitas de material dielétrico, as Fibras Ópticas são totalmente imunes a ruídos em geral e interferências eletromagnéticas, como as causadas por descargas elétricas e instalações de alta tensão.

Ausência de Diafonia

As Fibras Ópticas não causam interferência entre si, eliminando assim um problema comum enfrentado nos sistemas com cabos convencionais, principalmente nas transmissões em alta freqüência, eliminando necessidade de blindagens que representam parte importante do custo de cabos metálicos.


EVOLUÇÃO DAS TELECOMUNICAÇÕES

Através dos tempos, o homem tem se esforçado em desenvolver a capacidade de se relacionar com o próximo. Desde a descoberta do fogo aos primeiros gritos e gestos, as formas de comunicação foram evoluindo até a padronização das representações, para melhor expressão dos desejos e necessidades.

Para que a comunicação fosse eficiente e pudesse servir ao interesse de tribos ou grupos, o homem se utilizava de sinais para seus comunicados. Primeiro foram as tochas de fogo; depois, os reflexos de metais polidos. Mais tarde idealizou a vela. Seguiram-se o vidro e o espelho , que sob a luz proporcionavam a comunicação entre grandes distâncias. A evolução continuava e a cada etapa, surgiam novos elementos como lampiões a querosene; a gás e a pilha.

Posteriormente, a palavra se mostrou um meio eficaz de comunicação. Mas a sociedade cresceu e a palavra sussurrada ou gritada já não era suficiente. Surgiu então, a escrita, processo pelo qual o homem "fala" através de símbolos e gráficos.

Nem todos sabem que a escrita mais antiga são as tabuletas achadas no santuário de Eanna, no norte do Iraque, com mais de 3.000 anos aC. Só que eles não falavam como hoje, mas através de sílabas. Essa língua, usada pelos sumérios, morreu mil anos mais tarde. Usavam figuras de animais, partes do corpo humano, vasos, e outros objetos, além de números para registrar informações sobre a economia da época.

Como os sumérios, os egípcios também tinham muitos símbolos, mas só em 1799 é que a escrita egípcia foi decifrada, através da célebre pedra, Rosetta, estudada por Chapolion.

E quem seriam os inventores do alfabeto?

A invenção do alfabeto coube aos fenícios, segundo alguns. Para outros, coube aos gregos, já que este era, realmente, um alfabeto completo.



1440 - A primeira Prensa

Johann Gutemberg, em 1440, criou os caracteres móveis de madeira que, unidos em linha reta, eram atados por um barbante. Os tipos eram em estilo gótico. Gutenberg imprimiu uma Bíblia em latim, chamada "Bíblia de quarenta e duas linhas".

O segundo passo foram os livros de madeira entalhada e daí para os tipos de metal foi um passo, pois foi utilizado o mesmo processo da cunhagem de moedas. Assim, o entalhamento em madeira de todas as peças se tornou desnecessário, e os trabalhos ganharam maior velocidade.



1667 - Telefone de Cordel

O físico inglês Robert Hooke, baseado no fato de que o som das palavras é resultado da vibração do ar que passa pelas cordas vocais e pela boca, achou possível transmitir mensagens através de um barbante que tivesse, em cada ponta, uma latinha fechada por uma membrana de pergaminho ou papel fino.

Apesar de se comunicar a uma distância limitada, este invento recebeu, mais tarde, o nome de "telefone de cordel", e foi muito usado naqueles tempos.



1684 - Tubos Pneumáticos

O monge francês Dom Gauthier pede aos membros da Academia de Ciências da França a implantação de tubos pneumáticos, para transmissões acústicas.



1714 - Máquina de Escrever

Em 1714 o inglês Henry Mill conseguiu obter a patente para uma máquina, que permitia escrever, uniformemente, sobre uma folha de papel, servindo-se de alavancas. Estava criada a máquina de escrever (imaginada na verdade muito mais para o cego do que para os de visão normal).

No início do século XIX, o americano Burth e o francês Progrin desenvolveram uma máquina de escrever semelhante à atual. Um brasileiro também esteve envolvido nesse invento: o Padre Francisco João Azevedo, paraibano, que recebeu de Pedro II, em 1861, uma medalha de ouro pela invenção.



1747 - Eletricidade por Fio

William Watson descobriu a possibilidade de se transmitir a eletricidade através de um fio.



1801 - A Pilha Elétrica

O físico italiano Alessandro Volta inventa a pilha elétrica, que ganhou seu nome.



1809 - Telégrafo Eletroquímico

O cientista alemão Von Soemmerring, prova a viabilidade de seu telégrafo eletroquímico, servindo-se da energia elétrica, produzida pela pilha de Volta.



1837 - Código Morse

Em 1837, Samuel Morse inventou o Manipulador de Telegrafia e um código, que levou seu nome (Código Morse). Através de traços e pontos, representativos do alfabeto e demais sinais gráficos, as mensagens começaram a vencer distâncias.

O funcionamento do Manipulador de Telegrafia consistia na abertura e fechamento de um contato metálico, de modo a permitir fluir, por tempos determinados, uma corrente elétrica, que traçava, em uma fita de papel, pontos e/ou traços, formando as palavras.



1861 - Primeira Linha Transcontinental

A 1ª Linha Transcontinental é estabelecida pelo telégrafo Morse, nos EUA, ligando a costa Atlântica ao litoral do Pacífico. Neste mesmo ano, o alemão Philipp Reis faz as primeiras transmissões de sons musicais por meio de fios.



1865 - União Telegráfica Internacinal / União Intercontinental de Telecomunicações

Paris - Em 17 de maio é fundada a União Telegráfica Internacional, que nos anos 30 transformou-se na União Internacional de Telecomunicações, com sede em Genebra.

Brasil - Nasce Cândido Mariano da Silva Rondon, no dia 5 de maio, em Mimoso, Mato Grosso. Marechal Rondon, é considerado o patrono das comunicações do Brasil.



1874 - 1º cabo submarino ligando o Brasil à Europa

O Barão de Mauá idealiza e inaugura o 1º cabo submarino ligando o Brasil à Europa. O cabo foi construído por uma Companhia inglesa e funcionou até 1973, ano em que a Embratel substituiu o cabo antigo, pelo Bracan, ligando o Brasil às Ilhas Canárias e Europa.



1875 - Invenção do Telefone

Na noite de 2 de junho de 1875, trabalhavam Alexander Graham Bell e Thomas A. Watson, seu ajudante, tentando novas experiências com o telégrafo harmônico. Watson, ao puxar com mais força a corda do transmissor, provocou um som diferente que foi ouvido por Bell do outro lado da linha. Neste momento nasceu o telefone.

Em 7 de março de 1876 foi concedida a patente, mas a data decisiva e marcante na história da telefonia é considerada 10 de março de 1876. Nesse dia foi feita a transmissão elétrica da primeira mensagem completa pelo aparelho de seu invento.

Graham Bell se encontrava no último andar da hospedaria Exeter Place 5, em Boston, onde alugara duas salas. Watson trabalhava no térreo e atendeu o telefone, que tilintara. Ouviu espantado: "Senhor Watson, venha cá. Preciso falar-lhe." E ele correu até o sótão de onde Bell lhe havia telefonado. O invento estava pronto.



1876 - Exposição centenária de Filadélfia

O telefone e D. Pedro II - O reconhecimento

Em 25 de junho de 1876 Alexander Graham Bell participava da exposição com seu invento que estava sobre uma mesa, à espera do interesse dos juizes. Por mais de seis semanas o telefone ficou exposto, sem que ninguém lhe desse atenção. Bell já tinha praticamente desistido de atrair para seu desprezado invento a atenção da comissão julgadora. Quando a comissão se encaminhou à mesa de Bell todos já estavam exaustos devido ao calor. Um deles apanhou o receptor do telefone, olhou-o com pouco caso e tornou a colocá-lo no lugar. Nem sequer colocou no ouvido.

- "Meu Deus ! Isto fala!"

O Imperador do Brasil, D. Pedro II, chegando em visita à Exposição, já havia assistido uma aula de Bell para surdos-mudos, que muito o impressionou. Saudou o jovem professor. Foi o suficiente para os juizes começarem a indagar sobre o invento.

Graham Bell estendeu um fio de um canto a outro da sala, dirigiu-se ao transmissor e pôs D. Pedro na outra extremidade. O silêncio era total. Foi um momento de grande expectativa. "- Ser ou não ser eis a questão." - falou Bell, citando William Shakespeare. A frase foi ouvida claramente por D. Pedro, que, assombrado exclamou: "- Meu Deus! Isto fala!".

Menos de um ano depois, já estava organizada em Boston a primeira empresa telefônica do mundo: a Bell Telephone Company, com 800 telefones, tendo como presidente Gardner Hubbard, sogro de Graham Bell e como superintendente geral, Theodore Vail.

E sabe por que Graham Bell citou Shakespeare?

Por conta de seu avô, Alexandre Bell, um sapateiro que queria ser ator e vivia a recitar os versos do dramaturgo inglês. Acabou impressionado com a própria voz. Daí a mania de melhorar a dicção com um valor exato das palavras. É claro que abandonou os sapatos e abraçou o teatro, onde ficou pouco tempo, até descobrir outra profissão: professor de elocução.

Isso não podia deixar de influenciar o seu filho. Alexander Melville Bell, pai do nosso Bell, passou a se interessar não apenas pelo som, mas pelas causas desse som. Estudou anatomia: laringe, cordas vocais, boca.

Concebeu então uma coisa que ele chamava de fala invisível: um conjunto de símbolos, cada qual representando a exata posição da boca, dos lábios, da língua e do palato na pronúncia das vogais e das consoantes. Com o uso desses símbolos era possível a pronúncia correta.

O método foi bastante utilizado na Europa e na América, no ensino da elocução e das línguas e, também, para instrução dos surdos-mudos. Dali derivaram os símbolos hoje em uso nos dicionários para a pronúncia figurada.

Agora deu para entender a paixão de Graham Bell pela voz e o desejo de fazê-la "voar" através de um fio, sem o vento levar?

Thomas A Watson

Existe outro personagem também muito importante nessa história: Thomas A. Watson. Artesão de uma das maiores e mais bem aparelhadas oficinas elétricas do país, construía os mais estranhos aparelhos encomendados pelos inventores. Ele procurou Bell para falar de uma peça que não estava dando certo.

Era o "telégrafo harmônico", que Bell deixaria logo de lado, para se dedicar totalmente ao seu invento: o telefone. Watson se deixou entusiasmar completamente com as idéias de Bell. Tornaram-se grandes amigos e Bell lhe deu participação nas patentes como parte do pagamento de seu valioso trabalho. Afinal, ele não só participou de todas as etapas de confecção do aparelho, apurando junto com Bell as imperfeições existentes, como foi o 1° a ouvir a voz de Bell, "Watson, venha cá. Quero falar-te.", quando Bell lhe fez o primeiro teste.



1877 - O telefone no Brasil - Primeira instalação - Primeira Concessão

Poucos meses após o acontecimento na Filadélfia, aparecia no Rio o primeiro telefone, construído nas oficinas da Western and Brazilian Telegraph Company, para D. Pedro. Foi instalado no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, hoje Museu Nacional.

No mesmo ano foi posto a funcionar uma linha ligando a loja "O Grande Mágico", situada na Rua do Ouvidor ao Quartel do Corpo de Bombeiros.

A primeira concessão para estabelecimento de uma rede telefônica, no Brasil, ocorreu em 15 de novembro de 1879 e foi dada a Charles Paul Mackie. Ainda neste ano, a repartição de telégrafos organizou no Rio um sistema de linhas telefônicas ligadas à Estação Central de Bombeiros para aviso de incêndios.

Em 13 de outubro de 1880 estava formada a Telephone Company of Brazil, com um capital de 300 mil dólares. A nova companhia foi instalada na Rua da Quitanda n° 89, em janeiro de 1881.

Na grande maioria das outras regiões do Brasil, a telefonia foi implantada entre 1882 e 1891.

Em 18 de março de 1882 foi criada a concessão para São Paulo, Campinas, Florianópolis, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Campos. Também em 1882 foi iniciada a concessão para Santos, Curitiba, Fortaleza, e Ouro Preto.

1883 - Primeira linha interurbana

Em 1883, o Rio de Janeiro já possuía cinco estações de 1000 assinantes e, ao terminar o ano, estava pronta a primeira linha interurbana ligando o Rio a Petrópolis.

1884 - Novas Concessões

Em 1884 foi a vez de novas concessões para São Paulo e Campinas.

1889 - Companhia Telefônica do Estado de São Paulo / Concessão para Brasilianische Elektricitats

Em 1889 as redes de São Paulo e Santos foram adquiridas pelo sindicato que formou a Companhia Telefônica do Estado de São Paulo (que por sua vez foi comprada pela Rio de Janeiro and São Paulo Telephone Company em 1919).

Depois de passar alternadamente de firmas particulares para o governo, o serviço telefônico do Rio de Janeiro foi adquirido, em 6 de junho de 1889 pela Brasilianische Elektricitats Gesellschraft, com concessão de 30 anos. Iniciava-se assim a estabilização do serviço telefônico.

A nova firma possuía aparelhagem alemã e o tipo de sistema era o magneto. Os telefones eram ligados à central por um fio apenas. Na caixa do aparelho havia uma manivela, que o assinante movia para chamar a telefonista na central. Esta então fazia a ligação. Ao terminar, o assinante movia a manivela em sentido contrário. Com isso, aparecia para a telefonista o sinal de desligar.



1890 - Linha Rio-SP via orla marítima

Em 1890 foi concedida a permissão para a construção de uma linha, ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, para Sidney Martin Simonsen. Ele teve a idéia de seguir a orla marítima e chegou a construir sessenta quilômetros de linha, mas não prosseguiu pois a população desses lugarejos, de propósito ou por simples superstição, derrubava de noite os postes levantados de dia.



1891 - Outros Estados ligados

Em 1891 foi concedida permissão para linhas ligando as cidades de Leopoldina, Cataguazes, Espírito Santo e São Paulo de Muriaé.



1893 - Voz humana em telefonia sem fio

O padre Roberto Landell de Moura desenvolveu extraordinárias experiências no campo da eletricidade e da eletrônica. Em 1893 faz as primeiras transmissões de sinais telegráficos e da voz humana em telefonia sem fio do mundo, entre a Av. Paulista e o Alto do Santana. Tal feito só foi superado por Marconi 3 anos depois.



1895 - Rádio

O italiano Guilherme Marconi, inventa o Rádio. Seu funcionamento baseava-se nas ondas hertzianas, descobertas pelos físicos Maxwell e Hertz.





1906 - O telefone de bateria central

Em 1906 um incêndio destruiu as instalações da Companhia Telephonica Brasileira, na Praça Tiradentes, interrompendo durante sete meses o serviço telefônico da cidade. Reconstruiu-se o prédio e os aparelhos antigos foram substituídos por novos, importados dos Estados Unidos, que aboliam a manivela. Bastava levantar o fone do gancho para a telefonista atender.



1907 - Aquisição de Concessionária alemã / Rosa Silva

Em 1907, a concessionária alemã Brasilianische Elektricitats foi encampada pela Rio de Janeiro Telephone Company, com sede nos Estados Unidos, e cinco anos depois, foi incorporada à Brazilian Traction Light & Power, do Canadá.

Rosa Silva

Em 1908, as telefonistas mais antigas "socorriam" sempre as mais novas. Uma das veteranas, famosa pela memória, era a Rosa Silva.

Nesse tempo, as telefonistas atendiam os assinantes com a frase "Número faz favor". A chamada era mais ou menos assim...

Digamos que o assinante pedisse: "Senhorita, faz favor de ligar com Francisco Leal". Se a telefonista soubesse de cor o número, estava tudo terminado. Mas e se não soubesse? Era simples. Fechava a chave e gritava:

- "Rosa!". Rosa estava ocupada, atendendo um assinante ou outra colega.

- "Rosa!". Afinal a Rosa atendia ao apelo. A colega perguntava então o número de Francisco Leal, mas a Rosa precisava saber se era do escritório, do trapiche, da residência ou do depósito. Lá ia a telefonista indagar do assinante que estava esperando na linha, para depois voltar:

- "Rosa, é do depósito!". E a Rosa informava o número. Que memória! Dona Rosa Silva era "Serviço 102" em pessoa...



1913 - Primeiro Cabo Subterrâneo do Brasil

Em 1913 foi inaugurado o primeiro cabo interurbano subterrâneo no Brasil, constituído de 30 pares ligando Santos e São Paulo, numa distância de cerca de 70 quilômetros. Mais tarde foi obtida permissão para ligar Campinas.



1916 - Desdobramento em RJ & SP Telephone Company

Em 1916, criou-se a Rio de Janeiro and São Paulo Telephone Company, subsidiária da Brazilian Traction, que adquiriu as ações de várias companhias existentes nos Estados, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A nova organização estabeleceu as ligações interurbanas entre todas essas localidades e desenvolveu-se extraordinariamente.

Em 1916 a Companhia de Telephones Interestadoaes - principal empresa de telefonia no Estado de Minas - tornou-se um dos ramos da Rio de Janeiro and São Paulo Telephone Company, depois Companhia Telephonica Brasileira (CTB).



1918/20 - Inauguração de 4 centrais

De 1918 a 1920 foram inauguradas quatro centrais telefônicas, com um total de 4.860 linhas: Beira-Mar (hoje Museu do Telephone), Ipanema, Piedade e Jardim do Méier. E, em 1922, o Rio contava com cerca de 30 mil telefones para uma população de 1 milhão e 200 mil habitantes.



1923 - Companhia Telefônica Brasileira - CTB

Em janeiro de 1923, a direção da empresa, em Toronto, decidiu que a Companhia Telefônica passaria a se chamar Brazilian Telephone Company. Em 28 de novembro desse ano surgia a Companhia Telefônica Brasileira.



1927 - Televisão

A invenção da televisão está ligada a descobertas anteriores como o rádio e a antena, e foi atribuída ao escocês James Hojie Baird, em 1926.

Em 1927, na Inglaterra e EUA são realizadas as primeiras demonstrações de televisão. A primeira estação de TV foi montada em 1935. No Brasil, a primeira foi a TV TUPI, que em 1950 começou as transmissões em preto e branco.



1930 - O sistema automático de telefonia

Um dia, na cidade de Kansas, em 1888, o agente funerário Almon B. Strowger olhava com inveja um aparatoso enterro que passava. Por que não tinha sido dele aquele freguês? Mais tarde, ele soube, por um dos parentes:

- "Tentei chamá-lo, mas a telefonista dizia sempre que a sua linha estava ocupada".

A inveja de Strowger transformou-se em raiva quase incontrolável.

- "Ocupada? Não tive uma chamada durante todo o dia" - trovejou ele - Outro erro de alguma telefonista estúpida. Se é a última coisa a fazer, vou imaginar um meio de não haver necessidade de telefonistas!".

Nos poucos meses que se seguiram, Strowger fabricou um curioso aparelho.

Usando uma caixa comum de colarinho, afixou alfinetes ao redor das paredes dela, cada um representando a linha de um assinante. Dentro da caixa, ele colocou um braço metálico numa barra central, de maneira que rodasse de alfinete em alfinete, quando atirado por um eletromagneto. A este aparelho foi ligado um telefone comum ao qual fora adicionado um botão de pressão. Cada impulso do botão operava o magneto e movia o braço metálico, tinindo de um botão a outro.

"Soletrando" o devido número, Strowger estava certo de que poderia chamar a pessoa diretamente, sem o uso do elemento humano - a telefonista. O povo riu do seu modelo, mas Strowger tirou uma patente e, com Joseph Harris, um jovem negociante em roupas, formou uma companhia.

Finalmente, em 1892, conseguiu uma chance para uma experiência de instalação. Em 3 de novembro desse ano, o sonho de Strowger tornou-se realidade, enquanto o povo atônito de La Porta, Indiana (Estados Unidos), começava a chamar uns aos outros sem nenhuma telefonista!

Por volta de 1895, já estava sendo produzido um telefone com um tosco disco, em lugar de botão de pressão.

Em 1929, a CTB instalava o seu 100.000° telefone em sua área de operação. E no ano de 1930 foi inaugurada a primeira estação automática no Rio de Janeiro que dispensava o trabalho da telefonista. Esta central foi instalada na rua Alexandre Mackenzie n° 69, no Centro do Rio de Janeiro.

Automatização: vantagens

A automatização trouxe uma série de vantagens, como maior confiabilidade e rapidez nas ligações, além de ser mais econômico e de manter o sigilo da conversação. Nesse mesmo ano foi feita a ligação da Ilha do Governador com o continente, através de cabo submarino.

Automatização: desvantagens

O surgimento da telefonia automática, por outro lado, provocou muitas críticas. Foram muitas as crônicas publicadas na imprensa, destacando o papel das telefonistas que marcaram época na vida da cidade. A frase "Número, Faz Favor" apareceu como título de muitas dessas crônicas, recordando momentos marcantes da cooperação das telefonistas à vida do carioca. Todos temiam que o serviço automático trouxesse dispensas em massa das moças.

Um desses momentos marcantes havia sido a campanha de combate aos mosquitos por causa da epidemia de febre amarela: durante três dias, as telefonistas só atendiam aos assinantes da seguinte forma: "Guerra ao mosquito! Número, faz favor". Esta frase foi repetida mais de 1.500.000 vezes, por cerca de 1.200 telefonistas, e ficou tão popular que virou até nome de uma revista teatral de sucesso, encenada no Teatro Carlos Gomes.



1935 - Telefones Públicos

Em 1935, a antiga CTB instalou o primeiro posto público na antiga Galeria Cruzeiro, hoje Edifício Avenida Central. Mais tarde foram instalados telefones públicos em bares, farmácias e mercearias. Novos postos públicos foram inaugurados no Aeroporto Santos Dumont (1959), Copacabana e Ipanema. No Galeão e Madureira (1963) e na rodoviária (1966).

Em 1971, a CTB lançou um plano-piloto, instalando em diferentes pontos da cidade 25 cabines cilíndricas. Elas tiveram curta duração, devido à fragilidade do material empregado e de pouca aceitação do público.

Em 20 de janeiro de 1972, quando a cidade comemorava sua fundação, a empresa lançou um novo tipo de cabine em fibra de vidro, formato de concha e cor laranja, logo apelidados de orelhão, como até hoje são conhecidos. Tiveram excelente aceitação por parte do público e esse número vem sendo continuamente ampliado.

Hoje, os orelhões fazem parte da paisagem, oferecendo através da tecnologia de cartões telefônicos serviços de DDD (Discagem Direta à Distância), DDI (Discagem Direta Internacional) e ligações locais a cobrar, além de aparelhos comunitários voltados para o público de baixa renda (também recebe chamadas).



1939 - TV Colorida

Em 1939, é apresentada no México a 1ª TV à cores do mundo, por Guillermo González Camarena.



1939/45 - Segunda Guerra Mundial / Getúlio Vargas

Apesar das dificuldades de Segunda Guerra Mundial, foram instalados entre 1939 e 1945, cerca de 45 mil novos telefones no Rio de Janeiro.





1946 - O Primeiro Computador Eletrônico

O 1º computador eletrônico chamado ENIAC (Electronic Numerical and Calculator) foi posto em funcionamento na Universidade da Pennsylvania, que utilizava 18.000 válvulas à vácuo.



1956 - Nacionalização da CTB

Em 28 de novembro de 1956, o decreto n° 40.439 concedia nacionalização à Sociedade Anônima "Brazilian Telephone Company", sob a denominação de "Companhia Telefônica Brasileira", assinado pelo então Presidente Juscelino Kubistchek.



1957 - Satélites

A história dos satélites começou com a Rússia , que lançou o SPUTINIK - 1º satélite ao espaço - em 4 de outubro de 1957. Em seguida, os EUA lançaram o EXPLORER I, em 31 de janeiro de 1958.

Os satélites funcionam como antenas, facilitando as transmissões de TV e de telefones.





1962 - O início da Internet

J.C.R. Licklider da MIT (Massachussets Institute of Tecnology) foi o primeiro a pensar na possibilidade de comunicação global através de computadores em 1962, com o conceito de "Galactic Network". A partir daí os engenheiros do MIT montaram o SAGE (Semi-Automatic Ground Enviroment) que estabelecia uma nova forma de comunicação via computador.



1965 - A Embratel

Criada em setembro de 1965 a Empresa Brasileira de Telecomunicações - EMBRATEL, com o objetivo de instalar e explorar os grandes troncos nacionais de microondas*, integrantes do Sistema Nacional de Telecomunicações, e suas conexões com o exterior.

(*) O primeiro sistema de microondas da América Latina foi inaugurado entre Rio - São Paulo e Campinas, pela CTB.

Microondas em visibilidade

É um sistema que possui estações terminais e repetidoras, distanciadas uma das outras 50 quilômetros em média, operando com equipamento de rádio de alta capacidade, em duas faixas de freqüência. Os troncos de microondas em visibilidade direta permitem serviços de telefonia, telegrafia, telex, fac-símiles, transmissão de programas de radiodifusão de alta fidelidade sonora e da televisão a cores.

Microondas em tropodifusão

É um sistema para vencer as grandes distâncias da região amazônica, em áreas de difícil acesso onde não seria viável a implantação em visibilidade. Nos troncos em tropodifusão (técnica que utiliza o reflexo das ondas na troposfera, camada inferior da atmosfera), as estações podem ficar em média a 300 quilômetros uma das outras. São usadas grandes antenas parabólicas ou quadradas do tipo Bilbard, algumas delas com área superior a 700 metros quadrados, e transmissores de um quilowatt de potência de saída.



1966 - Aquisição da CTB

Em 1966, o governo brasileiro negociou a compra da Companhia Telefônica Brasileira e suas empresas associadas: a Companhia Telefônica de Minas Gerais e a Companhia Telefônica do Espírito Santo, responsáveis as três por 62% dos telefones no país e operando numa área que abrangia 45% da população brasileira. A CTB, a CTMG e a CTES, que pertenciam a Brazilian Traction, de capital canadense, foram adquiridas por US$ 96.315.787,00, com prazo de 20 anos.

Com a compra, a CTB e subsidiárias ganharam novos estatutos e nova administração. As tarifas foram reformuladas, de acordo com o custo real dos serviços prestados. A CTB lançou-se na expansão e modernização dos serviços nas áreas que operava, programando a instalação de 522.528 linhas telefônicas. Partiu para a encomenda de equipamentos às fábricas instaladas no País, de acordo com a orientação do governo de fortalecer a indústria nacional de equipamentos.



1967 - Criação do Ministério das Comunicações

O Ministério das Comunicações foi criado pelo Decreto-Lei 200, de fevereiro de 1967. O Ministério das Comunicações ficou constituído pelo CONTEL, DENTEL, ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e EMBRATEL.

Em 1967, também, é criado o Plano de Expansão, através do sistema de participação financeira, em que o assinante adquiria ações da empresa.



1969 - Internet em desenvolvimento

Departamento de Defesa dos EUA - a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada em Defesa (DARPA), percebeu que era necessária a criação de uma maneira fácil de trocar informações militares entre os cientistas e pesquisadores das mais variadas regiões. Foi então desenvolvida uma rede simplificada de apenas 4 computadores, conhecida como DARPANET, mais tarde chamada de ARPANET, e em 1972, o avanço era tão grande, que chegou ao ponto de incluir mais 37 computadores.

Pesquisadores civis das universidades passaram a ter acesso a esse grande sistema de informações, e do acesso a informações militares passaram também a trocar mensagens eletrônicas por meio de caixas pessoais. Logo se desenvolveram sistemas mais eficientes para o funcionamento da rede.



1972 - Criação da Telebrás

O Ministério das Comunicações, de acordo com estudos, destacou a importância da criação de uma entidade pública, encarregada da coordenação e planejamento geral das atividades de telecomunicações no país, exercendo o controle acionário das empresas do setor e reduzindo as concessionárias a uma por estado ou região geoeconômica. Em 11 de julho de 1972, foi sancionada a Lei 5.972, que instituiu a política de exploração de serviços de telecomunicações e autorizou o Poder Executivo a constituir a Telecomunicações Brasileiras S.A. - Telebrás.



1972/76 - Nova denominação da CTB: Telerj

O Ministério das Comunicações, em 26 de maio de 1972, designou uma empresa para cada estado ou região geoeconômica do país. Essas empresas absorveriam as demais existentes em sua área de operação. Assim, duas das principais empresas do grupo CTB - a Companhia Telefônica do Espírito Santo (CTES) e a Companhia Telefônica de Minas Gerais (CTMG) - foram designadas empresas representativas dos respectivos estados, passando a ser subsidiárias da TELEBRÁS.

A Companhia Telefônica Brasileira foi desmembrada em duas empresas: Telesp (Telecomunicações de São Paulo S.A.) e a outra permaneceu com o nome de CTB, responsável pela expansão e melhoria dos serviços de telecomunicações na área correspondente aos antigos Estados da Guanabara e Rio de Janeiro, que formaram após a fusão (15 de março de 1975) o atual Estado do Rio de Janeiro.

No dia 20 de fevereiro de 1976, foi aprovado o novo nome da Empresa: Telecomunicações do Rio de Janeiro S.A. - Telerj.



1980 - Fibra Óptica

Descoberta na década de 70, nos EUA, a fibra óptica teve uma evolução rápida.

No Brasil, as pesquisas começaram em 1975 quando a Telebrás financiou um projeto com a finalidade de desenvolver a tecnologia da fibra óptica no país.

Os primeiros 85 Km de fibra foram recebidos em 1984, mas desde 1980 a fibra óptica já era utilizada, em caráter experimental, pela extinta Cetel.

Em 1996 a TELERJ já contava com cerca de 17 mil Km de fibra óptica instalados na Capital, Baixada e Niterói.

Um par de fibra óptica é capaz de transmitir cerca de 480 conversações simultâneas. Esse desempenho, é obtido graças ao trabalho de transmissão das fibras, que carregam as mensagens na forma de sinais luminosos, e não como impulsos elétricos. Nas fiações metálicas os equipamentos de transmissão recebem o sinal elétrico e dão a ele um tratamento de modulação, que o transforma em sinal óptico, inserindo-o na fibra. As fibras utilizam o laser como fonte de luz.

A vantagem está no aumento da capacidade, além de apresentar um baixo custo por canal e, por estar imune a interferências eletromagnéticas, propicia melhor qualidade de transmissão.



1983 - MILNET / 1984 - NSFNET

Em 1983, o setor militar precisou se transferir para uma rede exclusiva, substituindo a ARPANET pela MILNET. Neste período havia cinco centrais de computadores, e para viabilizar a comunicação entre as centrais e as instituições de ensino, a Fundação Nacional de Ciências (NSF) em 1984, criou a NSFNET, então empregado pelas maiores universidades do país (UCLA - Universidade da Califórnia, UCSB - Universidade de Santa Bárbara, Universidade de Utah).



1984 - A Era Digital

O rápido desenvolvimento dos componentes eletrônicos e da tecnologia dos microprocessadores causou mudanças fundamentais nos equipamentos de telecomunicações, incluindo as centrais telefônicas.

O desenvolvimento dos circuitos integrados (CIs) e a criação do Controle por Programa Armazenado (CPA) no campo dos computadores representam um marco na história da comutação.

Em 1960 foi instalada, em caráter experimental, a primeira CPA espacial do mundo com 600 assinantes, numa cidade do estado de Illinois, nos EUA.

No Brasil, esta nova tecnologia só entrou em debate consistente 12 anos depois e a instalação experimental de CPAs piloto foi autorizada, através de uma Portaria, em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, e Porto Alegre.

Esta Portaria definiu a necessidade de abandonar a tecnologia espacial ou analógica, até então adotada nas centrais CPA fabricadas no Brasil, passando imediatamente às CPA-Ts, que empregam uma tecnologia mais avançada do que as espaciais ou analógicas.

Em ambas as centrais, a cadeia de controle é feita por computador ou processador. Mas enquanto na CPA-E a tecnologia empregada na cadeia de conexão é da divisão de espaço e as informações são cursadas de uma forma analógica, na CPA-T a tecnologia da cadeia de conexão é por divisão de tempo, ou temporal, utilizando a modulação por pulsos e codificação (PCM) que é uma técnica de transmissão digital.

A introdução da tecnologia digital no Rio de Janeiro deu-se em julho de 1984, com a assinatura entre Telerj e NEC Brasil.

Entre as vantagens imediatas para os clientes estão a melhoria acentuada da qualidade e o acesso a serviços telefônicos adicionais nas centrais digitais.



1987 - Outros países entram na rede

Em 1987, houve a reestruturação da rede de comunicação da NSFNET, em função do grande número de pessoas conectadas a ela. Simultaneamente, países aliados aos EUA puderam utilizar o sistema.



1990 - Telefonia Celular

Pioneira da telefonia no Brasil, a cidade do Rio de Janeiro foi também a primeira a dispor do Sistema Móvel Celular.

A inauguração do serviço, com capacidade inicial de 10 mil terminais, foi um marco de destaque. Porém, a expansão do celular só ocorreu depois de 1992.

O serviço móvel celular da Telerj cobria uma área que incluía, além da cidade do Rio de Janeiro, a Baixada Fluminense, Niterói, Cabo Frio, Angra dos Reis, Petrópolis, Teresópolis, Búzios, Macaé e Campos.

Você sabe como funciona a Telefonia Celular ?

A telefonia celular móvel é uma sofisticação e uma evolução dos antigos sistemas de comunicação via rádio, utilizados pelos departamentos de policiais, bombeiros, segurança pública, frotas de taxi etc. A diferença é que, nestes sistemas, uma única estação rádio base, com um transmissor de grande potência e um número limitado de canais (10 canais), é instalado no ponto mais alto da área que se pretende cobrir, formando uma grande célula. O alcance só é limitado devido aos obstáculos naturais (montanhas) e artificiais (prédios). Neste sistema pode-se obter transmissões mais potentes. Entretanto, esta única célula é limitada num raio próximo a 30 km.

Na telefonia celular, várias Estações Rádio Base (células com transmissores e receptores) são estrategicamente distribuídas na área que se pretende cobrir, formando células semelhantes a uma colmeia (daí o nome "celular"), de modo a diminuir as áreas de sombra provocadas pelos obstáculos. A potência dos transmissores em cada célula pode ser agora reduzida, os telefones móveis não necessitam ter potência elevada, não são mais instalados em veículos, suas dimensões foram reduzidas, apareceram os telefones miniatura (hand-held). Em função do grande número de canais disponíveis (400 canais) as células podem ser continuamente adicionadas ao Sistema até o limite físico da Central de Comutação e Controle (CCC), aumenta desta forma, a área de cobertura celular.



1990 - WWW - World Wide Web

Em 1990 surge a INTERNET como é conhecida atualmente, interligando todos os computadores dos EUA e em seguida o mundo. Um dos recursos mais importantes da INTERNET é a World Wide Web (WWW), desenvolvida no Laboratório Europeu de Partículas Físicas (CERN), na Suíça.

Esta interface gráfica funciona baseada em documentos com ligações hipertexto que possibilitam manipular a informação (texto, som, gráficos, vídeo) de diversas formas.

As ferramentas necessárias para se conectar à INTERNET são: um computador, um modem e uma linha telefônica. De posse deste material, é necessário escolher um Provedor de Acesso. Essa provedor será o intermediário entre o usuário final e os backbones (são os grandes canais por onde trafegam os dados em alta velocidade e se conectam com os backbones internacionais).



1992 - Telefone Público a Cartão

De tecnologia genuinamente nacional, o telefone público a cartão foi lançado durante a Rio-92. As fichas telefônicas foram extintas em 1996.





1998 - Privatização do sistema Telebrás

O sistema Telebrás foi privatizado no dia 29 de julho de 1998. O leilão aconteceu na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e foi dividido em 3 blocos: no 1º foram vendidas as 3 empresas de telefonia fixa (Telesp, Tele Centro-Sul e Tele Norte-Leste) e a Embratel, nesta ordem. Cada consórcio só poderia comprar uma empresa de cada grupo. O 2º bloco no leilão foi o de empresas celulares do Sul e Sudeste e o 3º e último bloco, o de empresas celulares do Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

A privatização do sistema Telebrás foi baseada em dois pilares fundamentais: a competição e a universalização.

Com a competição, as novas empresas têm que atender as necessidades básicas de telecomunicações dos consumidores: melhores serviços e menores preços.

A universalização foi um conjunto de compromissos que essas empresas assumiram com o Governo, de garantir a todos, acesso ao telefone e aos serviços básicos de telecomunicações.

O consórcio Telemar venceu o leilão da Tele Norte Leste e hoje é o atual dono de 16 telefônicas, do Amazonas ao Rio de Janeiro.

TELEFONIA FIXA

"Tele" à SIGNIFICA DISTÂNCIA


Portanto TELECOMUNICAÇÃO significa "COMUNICAÇÃO A DISTÂNCIA"

Por mais potentes que formos, sempre terá um limite em que nossa voz será ouvida. Caso o meio d
e propagação seja o ar, por exemplo :


A necessidade que sentíamos em fazer com que nossa voz fosse captada independente da distância levou o homem a inventar o "telefone".

"Fone" à SIGNIFICA SOM

Portanto TELEFONE significa "SOM A DISTÂNCIA"


Em 1875, Grahham-Bell inventou um equipamento que lhe permitiu falar com um companheiro a uma distância aproximada de 50m, sem que fosse preciso gritar. Estava, portanto, inventado o telefone.


Logo depois, algumas pessoas aderiram ao invento.


Como vemos, a interligação entre todos os telefones começou a provocar um incoveniente :

--> Para que fossem interligados 5 telefones eram necessários 10 fios.
--> Se fossemos interligar 9 telefones, pelo mesmo processo, teríamos um total de 35 fios.


Você pode imaginar então que este processo para se interligar os telefones deveria ser rapidamente revisto. Deveria haver algo que pudesse concentrar todos os telefones num ponto e daí, interliga-los através de algum processo. Foi então que surgiu a MESA TELEFÔNICA.

Se o dono do telefone A quisesse falar com o dono do telefone F, a ligação teria que ser completada manualmente através de uma operadora.
Ocorre que o interesse no telefone começou a tomar proporções mais significativas. Mais e mais pessoas foram adquirindo fones até que, por mais que se esforçasse, a operadora já não conseguia mais "Prestar um bom Serviço".

Surgiu então o equipamento que faria o serviço da telefonista, a
CENTRAL TELEFÔNICA AUTOMÁTICA.

Dependendo da demanda telefônica e da expansão geográfica do local, dimensiona-se a quantidade de centro de fios necessária.
Em Castro Alves/BA, por exemplo, apenas uma CTA é suficiente para atender a todos os clientes.

Entretanto, em Salvador/BA, cuja demanda é muito maior e distribuída ao longo de sua extensão geográfica, justifica-se a implantação de vários CENTROS DE FIOS.

--> Uma cidade pequena que comporta apenas uma central :

--> Uma cidade maior que comporta 3 centrais :

--> Uma cidade que comporta 5 centrais :

Podemos notar que a quantidade de cabos troncos necessárias para interligar, uma a uma, as 5 centrais telefônicas ( 10 cabos ao todo ), sugere a criação de algo que interligue as centrais de uma maneira econômica e confiável.

Surge então a
CENTRAL TANDEM, onde sua função é interligar as centrais telefônicas sem que cada uma seja necessariamente ligada direta a outra.
O cabo tronco, que interligava as centrais locais, deixa de existir.

Até agora nos restringimos a imaginar as ligações entre telefones de uma mesma cidade. Porém, temos que imaginar como faremos para fazer a comunicação telefônica entre duas cidades.
As duas primeiras cidades interligadas tinham uma distância de poucos kilômetros uma da outra. A interligação foi feita através de uma
LINHA FÍSICA, ou seja, FIO.

Porém, a interligação entre cidades tornar-se-iam mais econômicas se realizadas através de equipamentos de rádio. Podemos representar uma ligação telefônica, via rádio, entre duas cidades de grande demanda telefônica, que tenham CENTRAIS LOCAIS, TANDEM E TRÂNSITO.

Uma ligação entre Salvador e uma cidade dos EUA, seria basicamente representada pelo seguinte esquema :

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