The Godfather

Tenho uma paixão enorme por cinema, sou cinéfilo assumido, desde pequeno o cinema é algo que sempre me trouxe fascínio.

Praticamente todo sábado quando saia do cursinho, ia ao cinema, naquela época todos os cinemas eram no centro da cidade, tinha o cine Bristol, cine Jequitiba, cine Windsor entre outros.

O que mais gostava era o cine Bristol, lembro-me que pagava apenas R$ 1,00 no ingresso e ficava lá por duas ou três sessões seguidas, as vezes até dormia, era uma maneira de relaxar.

Dentre os filmes de que mais gostava, sem dúvida estava The Godfather, conhecido aqui como o Poderoso Chefão, na verdade o nome do filme é O Padrinho, mas aqui no Brasil, não teria o mesmo significado.

A idéia de O Padrinho, é alguém a quem devemos respeito, que está sempre presente e que podemos contar em todos os sentidos.

Nesse papel temos Marlon Brando como Don Vito Corleone, ao meu ver, não teria ninguém melhor, logo no início do filme vemos um agente funerário Bonasera, pedindo a Don Corleone que faça justiça, pois a filha de Bonasera havia sido espancada.

Para isso Bonasera oferece dinheiro, Don Corleone, indignado, diz que o pagamento o ofende e que se Bonasera tivesse feito o pedido com respeito, o chamando de padrinho, oferecendo amizade, que as pessoas que fizeram sua filha sofrer, sofreriam também, que os seus inimigos, seriam inimigos de Don Corleone.

Nesse filme podemos ver claramente o poder paralelo da máfia, tem-se aí novas leis, novos juízes e o surgimento de um novo poder a margem do Estado.

Segundo John Locke, nós como seres humanos, precisamos nos organizar e estarmos sujeitos a Lei, para isso na qualidade de Homens livres, depositamos nossa liberdade natural em favor do Estado para que esse preze pela nossa segurança e bem estar.

Nem preciso dizer, que infelizmente a história nos mostra algo bem diferente, o que menos temos atualmente é liberdade e segurança.

Observamos o crescimento de Don's Corleones em todo mundo, o que significa que o Estado não está zelando pelo cidadão, falta vontade, falta garra, falta educação, falta vergonha...

A cada dia percebo que para mudarmos o mundo em que estamos, precisamos mudar internamente e fazer o melhor, dar bons exemplos pois nós somos o que fazemos, sobretudo o que fazemos para mudar o que somos.